domingo, 9 de novembro de 2014

Você sabe de onde saiu o termo "Bolivariano" ou "Bolivarianismo"

Tenho lido alguns artigos que são postados na rede, onde muitos destes fazem menção ao "bolivarianismo", de forma totalmente deturpada. As pessoas que expõem tais leiguices deviam pesquisar um pouco mais sobre a vida de Simon Bolívar.
Simón Bolívar foi um grande lutador pela libertação da América Latina. Cheio de pensamentos liberais, ele foi o líder das revoluções que deram independência à Venezuela, Peru, Colômbia, Equador e Bolívia. Um grande homem que deixou sua marca na história, trazendo a liberdade para o povo latinoamericano. Simón Bolívar um militar nascido em 24 de julho de 1783 na atual Venezuela, faleceu em 1830 na Colômbia, teve um papel-chave na luta pela independência de muitos países do continente em relação ao império espanhol, uma atuação que faz com que ele seja lembrado até hoje como um dos políticos mais influentes da história. Ele tinha idéias fortes sobre injustiça, esclarecimento popular, liberdade. Estas eram as coisas básicas nas quais ele acreditava. Em certos momentos, ele foi um ditador de direita. Em meio ao caos de uma revolução, ao tentar criar países, ele precisava ter um “pulso firme”. Ele dizia desprezar a ditadura, mas ele a usou, porque sabia que assim podia concretizar suas idéias. Ele jamais sequer pensou que a elite seria destituída e excluída do processo. Ele sempre prezou pela união de todos.
O “bolivarianismo” busca a convergência, a libertação. Significa se livrar de qualquer estrutura opressora. Bolívar acreditava que era preciso criar uma forma de ensinar a boa moral às pessoas. E qual é o nosso maior problema hoje? A corrupção, a ilegalidade, a informalidade. Ele entendeu muito antes de todos que tínhamos sido privados de uma educação básica e sido corrompidos de certa forma. Então, ser bolivariano é defender a educação, a liberdade, a ética, a equidade social e o esclarecimento do ser humano.
Simon Bolívar sempre acreditou nisso: eliminar fronteiras com uma grande aliança latinoamericana. E, em segundo lugar, Bolívar dizia admirar o Império Americano, mas dizia que eles "não tinham nada a ver" com os latinos. Ele viu o mercado escravocrata na Carolina do Norte e como a economia dos Estados Unidos dependia da escravidão. Também viu como era uma nação construída sobre uma só raça, religião, classe e filosofia, e ele entendia que isso não tinha nada a ver com a experiência da América Latina.

Ele foi importante para a América Latina porque ele entendeu o prejuízo sofrido pela região por 300 anos graças à estrutura colonial espanhola. As pessoas não lembram ou não estudam o efeito que o colonialismo espanhol teve. As colônias não podiam comunicar-se entre si. Não era possível ler ou publicar nada das colônias. Não se podia plantar uma árvore e colher seus frutos. Eram regras muito opressoras. E o legado de Bolívar é importante, porque ele tem um espírito inerente de liberdade e por apontar as dificuldades sofridas no continente latinoamericano, que ficou debilitado e foi infantilizado pelo colonialismo. Quando a Espanha foi embora, não conseguiam governar, porque não os ensinaram como fazer isso. Quando a Inglaterra foi embora, os Estados Unidos já governavam a si próprios. Mas eram tão dominados pela ordem espanhola que, quando eles foram embora, foi caótico. Essa foi a importante lição da experiência de Bolívar. Isso foi inesperado mesmo para ele. Ele era um péssimo político, mas um grande defensor da liberdade. Eles ganhavam com fato de Bolívar representar uma ideia unificadora e de destruição da velha ordem. Quando se junta essas duas coisas, isso tem um grande apelo para as pessoas.

Os presidentes Rafael Correa, no Equador, Evo Morales, na Bolívia, 
o ex-presidente Hugo Chávez (falecido) e o atual Nicolás Maduro,  na Venezuela se autodeclaram "bolivarianos".

Em sua passagem pelo Brasil houve uma vinculação muito sólida. Ele foi convidado a ir para a Argentina quando o país enfrentava problemas de fronteira com o Brasil. Pediram a ele para vir ajudar a resolver a questão. Ele espalhou a noção de liberdade pelo Brasil. Esta foi uma época formidável, quando a liberdade era contagiante.


Logo abaixo o link do trailer do filme “O Libertador”, sobre a vida de Simón Bolívar.

https://www.youtube.com/watch?v=Ws0xmkOYYVk



O Rídiculo Complexo de Vira-Latas de Alguns Brasileiros


Petição anti-Dilma recebe 100 mil assinaturas no site da Casa Branca
Texto pede que o governo americano se posicione contra a "expansão do comunismo bolivariano no Brasil, promovido pela administração de Dilma Rousseff " e já está entre as 20 mais populares no site


A insatisfação com o resultado das eleições no Brasil fez com que brasileiros apelassem até aos Estados Unidos para protestar. No site da Casa Branca (em uma seção destinada a petições batizada de We the People), uma petição criada em 28 de outubro – dois dias após a reeleição de Dilma Rousseff – pede que o governo americano se posicione oficialmente contra a expansão do “comunismo bolivariano no Brasil”, promovido pela administração da petista, além de assinaturas eletrônicas para chamar a atenção dos Estados Unidos para a causa.

O documento já recebeu mais de 100 mil adesões até a tarde desta segunda-feira (3/11) e está entre as 20 petições mais assinadas entre as 99 disponíveis no site oficial da Casa Branca. Ao atingir 100 mil assinaturas, ele está apto a receber uma resposta da Casa Branca se posicionando sobre a causa. Para criar uma petição, basta ser maior de 13 anos, abrir uma conta no site da Casa Branca e ter o e-mail validado.

“O Brasil não quer e não vai ser uma nova Venezuela e os Estados Unidos precisam ajudar os promotores da democracia e da liberdade no Brasil.” Para justificar a denúncia, o texto do documento duvida da credibilidade do sistema de votação, cita a relação da maior parte do Poder Judiciário com o PT e o temor da população beneficiada por programas sociais.

Entre as petições mais assinadas no site, há uma que pede que a Irmandade Muçulmana seja considerada uma organização terrorista e outra que quer o perdão a Edward Snowden (ex-funcionário da CIA que revelou detalhes de vários programas do sistema de vigilância amaericano).

Em resposta à reportagem por e-mail, a adida de Imprensa da Embaixada dos EUA em Brasília, Arlissa Reynolds, reforçou que qualquer pessoa com 13 anos ou mais pode criar ou assinar uma petição na página da Casa Branca "We the People". O espaço seria destinado "a cidadãos norte-americanos para terem a sua voz ouvida pelo governo dos Estados Unidos" e que as "petições apresentadas não representam as opiniões do governo dos EUA".

Reynolds destacou a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parabenizando a presidente Dilma Rousseff pela reeleição. À época, Obama teria dito que "o Brasil é um importante parceiro para os Estados Unidos e estamos empenhados em continuar a trabalhar com a presidente Dilma Rousseff para fortalecer as nossas relações bilaterais”.

Leia a íntegra da petição contra o governo de Dilma Rousseff

“Nós peticionamos o governo Obama para:

Se posicionar contra a expansão bolivariana comunista no Brasil promovida pelo governo de Dilma Rousseff.

Em 26/10, Dilma Rousseff foi reeleita e continuará o plano de seu partido de estabelecer um regime comunista no Brasil — nos moldes bolivarianos propostos pelo Foro de São Paulo. Nós sabemos que, aos olhos da comunidade internacional, a eleição foi integralmente democrática, mas as urnas usadas não são confiáveis, além do fato de que a cúpula do Judiciário é, em sua maioria, de membros do partido vencedor. Políticas sociais também influenciaram a escolha da presidente e as pessoas foram ameaçadas com a perda do benefício de alimentação caso não reelegessem Dilma. Conclamamos uma posição da Casa Branca em relação à expansão comunista na América Latina. O Brasil não quer e não será uma nova Venezuela, e os EUA que precisam ajudar os promotores da democracia e da liberdade no Brasil”.