A Arte da
Guerra de Sun Tzu - Meu resumo pessoal
Li a Arte da Guerra de Sun Tzu tantas vezes que acabei fazendo
um resumo do livro.
Tenho 4 edições diferentes contando com uma edição mais
recente que adquiri outro dia.
Já dei uma boa folheada nesse livro novo e já notei algumas
diferenças na tradução, depois de ler inteiro acrescento aqui.
Fazer esse resumo: Ajudou-me muito em vários momentos da
minha vida e acabei anotando o que achei mais relevante. Com o tempo notei que
o que estava escrito ali poderia ser usado em algumas situações no meu dia-dia,
nas relações de família, no trabalho, pessoas, etc. Muitos descobriram isso e
escreveram até seus próprios livros sobre isso.
Substituindo algumas palavras como; Guerra, Batalha,
Operação Militar por qualquer outra como Empresa, Concorrência, Mercado,
administrar, sucesso ou até batalha de egos conseguimos obter do texto o mesmo
ensinamento, é bem interessante.
Quero compartilhar com vocês o meu resumo.
Faço aqui uma observação importante: O livro de Sun Tzu,
“assim como “O PRÍNCIPE” de Maquiavel”, “O CONTRATO SOCIAL” de Jean Jacques
Rousseau, “O CAPITAL” de Karl Marx, e até “UTOPIA” de Thomas Morus, precisam
ser adaptados para nossa realidade, pois os tempos eram outros e bem violentos,
em nossa época onde já estamos cansados de ver que violência só gera mais
violência e não resolve problema algum, devemos tirar o lado bom destas obras.
Bem, voltemos ao resumo de “A ARTE DA GUERRA":
PREPARAÇÃO DOS PLANOS
Sun Tzu disse:
A arte da guerra é de importância vital para o estado. É uma
questão de vida ou morte, um caminho tanto para a segurança como para a ruína.
Assim, em nenhuma circunstância deve ser negligenciada.
A arte da guerra é governada por cinco fatores constantes,
que devem ser levados em conta. São: a Lei Moral; O Céu; a Terra; o chefe; o
Método e a disciplina.
A Lei Moral faz com que o povo fique de completo acordo com
seu governante, levando-o a segui-lo sem se importar com a vida, sem temer
perigos.
O Céu significa a noite e o dia, o frio e o calor, o tempo e
as estações.
A Terra compreende as distâncias, grandes e pequenas; perigo
e segurança; campo aberto e desfiladeiros; as oportunidades da vida e morte.
O chefe representa as virtudes da sabedoria, sinceridade,
benevolência, coragem e retidão.
Deve-se compreender por Método e disciplina a disposição do
exército em subdivisões adequadas, as graduações de posto entre os oficiais, a
manutenção de estradas por onde os suprimentos devem chegar às tropas e o
controle dos gastos militares.
Esses cinco fatores devem ser familiares a cada general.
Quem os conhecer, será vencedor; quem não os conhecer, fracassará.
Toda operação militar tem o logro como base.
Por isso, quando capazes de atacar, devemos parecer
incapazes;
ao utilizar nossas forças devemos parecer inativos;
quando estivermos perto, devemos fazer o inimigo acreditar
que estamos longe;
quando longe, devemos fazê-los acreditar que estamos perto.
Preparar iscas para atrair o inimigo. Fingir desorganização
e esmagá-lo. Se ele está protegido em todos os pontos, esteja preparado para
isso. Se ele tem forças superiores, evite-o. Se o seu adversário é de
temperamento irascível, procure irritá-lo. Finja estar fraco e ele se tornará
arrogante. Se ele estiver tranqüilo não lhe dê sossego. Se suas forças estão
unidas, separe-as. Ataque-o onde ele se mostrar despreparado, apareça quando
não estiver sendo esperado.
O general que faz muitos cálculos vence uma batalha; o que
faz pouco, perde. Portanto, fazer cálculos conduz à vitória e poucos à derrota.
GUERRA EFETIVA
Quando nos empenhamos numa guerra verdadeira, se a vitória
custa a chegar, as armas dos soldados tornam-se pesadas e o entusiasmo deles
enfraquece. Se sitiarmos uma cidade, gastaremos nossa força e se a campanha se
prolongar, os recursos do estado não serão iguais ao esforço. Nunca esqueça:
quando suas armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, a força exaurida e
seus fundos gastos, outro comandante aparecerá para tirar vantagem da sua
penúria. Então, nenhum homem, por mais sábio, será capaz de evitar as
conseqüências que advirão.
ENERGIA
A confusão simulada requer uma disciplina perfeita;
o medo fingido exige coragem;
a fraqueza aparente pressupõe força.
Esconder a ordem sob a capa da desordem é apenas uma questão
de subdivisão;
ocultar a coragem sob um ar de timidez pressupõe um fundo de
energia latente;
mascarar a força com a fraqueza é ser influenciado por
disposições táticas.
(Essa parte do livro é fantástica! Lembraram-me algumas
regras dos samurais que li uma vez em um quadro no consultório de um médico)
Assim, aquele que for hábil em manter o inimigo em
movimento, conserva uma aparência decepcionante, de acordo com a qual o inimigo
irá agir. Sacrifica uma coisa que o inimigo poderá pegar; lançando iscas, ele o
mantém em ação; então, com um corpo de homens selecionados, fica à sua espera.
O guerreiro inteligente procura o efeito da energia
combinada e não exige muito dos indivíduos. Leva em conta o talento de cada um
e utiliza cada homem de acordo com sua capacidade. Não exige perfeição dos sem
talento.
PONTOS FORTES E FRACOS
Mesmo que o inimigo seja mais forte em tropas, podemos
impedi-lo de combater. Planeje de forma a descobrir seus planos e a sua
probabilidade de sucesso. Provoque-o e descubra a base da sua atividade ou
inatividade. Force-o a revelar-se, de forma a exibir seus pontos vulneráveis.
Compare meticulosamente o exército adversário com o seu, de forma a saber onde
a força é superabundante e onde é deficiente.
O que o vulgo não pode compreender é como a vitória pode ser
obtida por ele a partir das próprias táticas do inimigo.
Na guerra, pratique a dissimulação e terá sucesso. Mova-se
apenas se houver uma vantagem real a ser obtida. Deixe que sua rapidez seja a
do vento; sua solidez a da floresta.
Pondere e delibere antes de fazer um movimento. Vencerá quem
tiver aprendido o artifício do desvio. Essa é a arte de manobrar.
O EXÉRCITO EM MARCHA
Se, ao treinar soldados, as ordens forem diariamente
reforçadas, o exército será bem disciplinado; do contrário, sua indisciplina
será nefasta.
Se um general demonstra confiança em seus soldados, mas
insiste sempre em que suas ordens sejam obedecidas, a vantagem será mútua. A
vacilação e a meticulosidade exagerada são os meios mais eficazes de solapar a
confiança de um exército.
O TERRENO
O general que avança sem desejar fama e recuar sem temer o
descrédito, cujo único pensamento é proteger seu país e prestar um bom serviço
ao soberano, é a jóia do reino.
Trate seus soldados como seus filhos e eles o seguirão aos
vales mais profundos; trate-os como filhos queridos e o defenderão com o
próprio corpo até a morte.
Se, porém, você for indulgente, mas incapaz de fazer valer
sua autoridade; bondoso, porém incapaz, além disso, de dominar a desordem,
então seus soldados ficarão iguais a crianças estragadas; ficarão inúteis para
o que for.
O soldado experiente, uma vez em marcha, nunca fica
desorientado; uma vez que levantou acampamento, nunca fica perplexo. Daí o
ditado: se você conhece o inimigo e a si mesmo, sua vitória não será posta em
dúvida; se você conhece o Céu e a Terra, pode torná-la completa.
AS NOVE SITUAÇÕES
Em terreno dispersivo, não lute.
Em terreno fácil, não pare.
Em terreno controverso, não ataque.
Em terreno aberto, não tente barra o caminho do inimigo.
Em terreno de estradas cruzadas, una-se aos seus aliados.
Em terreno sério, saqueie.
Em terreno difícil, marche sempre.
Em terreno cercado, recorra a estratagemas.
A rapidez é a essência da guerra. Tire partido da falta de
preparação do inimigo, marche por caminhos onde não é esperado e ataque pontos
desprotegidos.
ABUSE DA SUTILEZA
E a melhor frase de Sun Tzu: “As armas são sempre motivo de
maus pressentimentos…”