domingo, 12 de agosto de 2007


O HOMEM E O MUNDO


Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava
resolvido a encontrar meios de diminuí-los. Passava dias em seu laboratório
em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete
anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista
nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro
lugar.

Vendo que seria impossível, o pai procurou algo que pudesse ser
oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente
deparou-se com um mapa em uma revista, picou-o em vários pedaços e, junto com
um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:

- Você gosta de quebra-cabeças, não é? Então vou lhe dar o mundo para
consertar. Aqui está o mundo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem
direitinho. Faça tudo sozinho.

Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas
depois ouviu a voz do filho que o chamava calmamente.

- Pai, pai, já fiz tudo sozinho. Consegui terminar tudinho!

A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria
impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto.
Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de
que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa
estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos
lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?

- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?

- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da
revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um
homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não
consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a
consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem,
virei a folha e vi que havia consertado o mundo.