08 de Março – DIA INTERNACIONAL DA Mulher
Cheia de fé, assim como Maria que gerou Jesus Cristo; Simples, assim como Madre Teresa de Calcutá pela imensidão do seu amor; Guerreira, como Joana D’arc que foi mãe de seu povo, e foi vítima da inquisição; Revolucionária, assim como Rosa de Luxemburgo, assassinada por lutar pelo bem comum; Negra, assim como Rosa Parks que não entendia o porquê de tanta desigualdade e preconceito simplesmente pela diferença de etnias; Ambientalista, como Irmã Dorothy, assassinada por tentar impedir a destruição do homem por ele mesmo. Existem muitas mulheres como as que foram citadas acima, que estão sempre na luta por justiça social, não por um “espaçozinho” para ambição pessoal, mas sim pela abolição da escravatura moderna, por mais distribuição de renda, por políticas sociais que minimizem a dor e o sofrimento dos oprimidos e marginalizados. Mulheres que sofrem com suas filhas que vendem seus corpos por um prato de comida, que olham seus filhos sendo tragados pela marginalidade, e que são totalmente humilhadas ao visitarem seus filhos no cárcere.
Mulheres ricas e pobres, brancas e negras, índias ou amarelas, Mulheres que precisam superar obstáculos inimagináveis, fazendo a opção dolorosa, difícil e necessária, de mudar o atual padrão de relações sociais que impedem a vida em plenitude das mulheres. Mulheres que vivenciaram experiências infames e dolorosas por desafiarem o conservadorismo da sociedade machista, onde ficaram varias cicatrizes no fundo d’alma, por isso não se vendem, não se rendem e continuam lutando pelo que acreditam. De todos os açoites e humilhações dos quais foram vitimas, guardam a certeza de que não se acovardarão e assim honrarão a memória de milhares de outras mulheres, que muito antes souberam desbravar caminhos bem mais espinhosos e fizeram a opção de enfrentar o modelo estabelecido por alguns, que pensam ser donos de mentes, corpos e corações femininos e fazem não como um ato heróico pessoal, mas sim por que querem ocupar o espaço que lhes é de direito na sociedade. E fazem isso com muita valentia, lágrimas, argumentos, disciplina, ternura amor e fúria. Mulheres que aprenderam a juntar os pedacinhos, colar um por um e seguirem em frente como mulheres livres, que não aceitam as senzalas da alma ou o desacato de sua honra como mulher, mãe, esposa e trabalhadora. Mulheres que querem construir um mundo solidário, ético, fraterno, justo e com igualdade entre todos.
Parabéns Mulheres
Vanderlei MUNIZ